Paralisação toma o país:
A um passo da greve geral!
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Edição atual nas bancas |
Em 31 de agosto de 2016, Dilma Rousseff
era definitivamente afastada da presidência da República em votação no
Senado. O show de horrores começara na noite de 17 de abril com a
aprovação desavergonhada do golpe pela Câmara dos Deputados. A
presidenta fora eleita por mais de 54 milhões de eleitores em disputa
segundo as regras da Constituição e estava sendo deposta sem crime
fundamentado. O Senado corou frente a ter que enterrar o processo
eleitoral que faz do Congresso razão de existir, o que o obrigou a não
cassar os direitos políticos da presidenta, mas se enlameando como as
demais instituições golpistas. São cenas que ainda latejam em nossas
memórias e nos fazem revirar o estômago, mas, se deixarmos rodar o filme
até os dias de hoje, veremos que, se as forças democráticas derrotadas
foram, os golpistas não atravessam mares tranquilos.
O golpe tinha um programa que se chamava
“Ponte para o futuro” e seus dois pilares eram a perspectiva de
crescimento da economia estadunidense e o aporte de capital financeiro
de investimentos globais. Parece que a pressa em direção ao cofre fez os
construtores da plataforma golpista se esquecerem de analisar o terreno
onde fincavam suas estacas. O novo presidente dos Estados Unidos fala
em construir muros e fazer sua economia se voltar para o mercado
interno. Não será por isso que a pressa aumentou e o descaramento já
incomoda até as vestais dos monopólios midiáticos?
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