Novo Lançamento: A Crise do Capital em Marx e suas Implicações nos Paradigmas da Educação


Novo lançamento da Cooperativa Inverta. O livro de Aluisio Bevilaqua discute o método marxista na analise da crise e seu desdobramento nos paradigmas da sociedade, logo em sua reprodução.
 
Se os axiomas geométricos contrariassem os interesses dos homens, seguramente haveria quem os refutasse. (...) Nada tem de extraordinário,portanto, que a doutrina de Marx, que serve diretamente à educação e à organização da classe de vanguarda da sociedade moderna, que indica as tarefas desta classe e demonstra a inevitável substituição – em virtude do desenvolvimento econômico – do regime atual por uma nova ordem; não é de estranhar que esta doutrina tenha tido que lutar a cada passo dado ao longo da história (LÊNIN, OC, 1983, Tomo 17, p. 17).

Como é possível vivermos em uma sociedade totalmente informatizada na qual ao mesmo tempo as pessoas estejam desempregadas, as máquinas paradas e as mercadorias estocadas? É a Crise do Capital que demonstra a falência desse sistema que elevou a produção social a níveis antes impensáveis, enquanto ao mesmo tempo concentrou em um polo da sociedade miseráveis, pessoas condenadas a sobreviver com sua dignidade negada em uma vida de sofrimentos.

As recentes manifestações da Crise colocaram em xeque toda a economia burguesa, seja sua corrente neoliberal quanto seus adversários neokeynesianos, que incapazes de chegar ao cerne do problema, se debatem na superfície deste fenômeno histórico.

Quando publicou Crise na Ásia: o Tufão e a Muralha de Papel (hoje esgotado) em 1997, defendendo a incapacidade da superação da crise dentro dos marcos deste sistema, poucos eram os que duvidavam do vigor e da capacidade do capitalismo de superar suas barreiras. Nadando contra a corrente, esse presente trabalho de Aluisio Bevilaqua se insere como a continuidade de uma cadeia de outras obras do autor, entre livros e artigos publicados principalmente no Jornal Inverta, que sistematicamente e com a persistência daqueles que atingem os cumes luminosos da ciência, vêm analisando a estrutura do sistema em que vivemos através da única ciência capaz de lançar luz sobre os fenômenos socioeconômicos, que de uma forma dramática determinam o destino de bilhões de pessoas.
Da mesma forma em que demonstra a nulidade da ciência econômica burguesa, o autor também analisa com profundidade e detalhe as recentes teses sobre a crise que surgiram no campo do pensamento do marxismo legal e que também ganharam seu espaço na mídia e na academia, alguns destes inclusive apresentando-se como retificadores da obra de Marx. Porém, ao fazer uma leitura rigorosa dos clássicos do marxismo, do qual ele é um profundo conhecedor, em especial dos Grundrisse, obra que está em evidência e muita utilizada por esses autores, Aluisio demonstra o caráter insuficiente dessas análises, que muitas vezes deturpam ou omitem seletivamente trechos da obra do filósofo alemão.
Hoje, uma década e meia depois, com o agravamento da crise que se complexifica e traz à tona outros graves desdobramentos, como a crise ambiental, faz-se mais presente do que nunca seu chamado que ecoa Marx: “os filósofos não fizeram mais que interpretar o mundo de formas diferentes; trata-se porém de modificá-lo”.
Em 1997, ao encerrar seu livro Crise na Ásia: o Tufão e a Muralha de Papel Aluisio afirmou: “Se a história caminha, nada mais que uma crise para demonstrar esta inexorabilidade, contudo, resta saber, para onde? Para as massas somente uma resposta é plausível: para o Socialismo”

SUMÁRIO

Apresentação
Prefácio
1 Introdução
2 Referencial teórico
2.1 A crise do capital e a literatura marxista atual
2.1.1 O Conceito Dialético e Teoria da Crise
2.1.2 Shaikh e a História da Crise
2.1.3 Mèszáros: A Crise como Teoria da Transição
2.1.4 Lebowitz: A Crise como Concepção unilateral de O Capital
2.1.5 Arrighi: A Turbulência da Crise de Hegemonia Mundial
2.2 O Paradigma e a Revolução Ciêntífica
2.2.1 A Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas Khun
2.2.2 A Teoria Tradicional e Teoria Crítica de Horkheimer
2.2.3 Notas à Epistemologia em Bachelard, Canguilhem e Foucault
2.3 Sobre Pedagogia e Educação no Brasil
2.3.1 As Ideias Pedagógicas de John Dewey
2.3.2 Gadotti: Perspectivas Atuais da Educação
2.3.3 Frigotto: Mudanças Societárias e Conjuntura
2.3.4 Saviani e a História das Ideias Pedagógicas no Brasil
3 Marx e o conceito de Crise do Capital
3.1 O Método e o Referencial Teórico
3.1.1 Marx, o Conceito e o Método Científico
3.2 O Conceito de Paradigma e a Teoria Marxista
3.3 O Conceito Crise do Capital em Marx e a Literatura atual
3.4 O Conceito de Educação e Pedagogia Marxista
3.5 Crise, Paradigma e Pedagogia no Brasil
4 CONCLUSÃO: Contribuição ao Repensar Pedagógico no Século XXI
5 Referências Bibliográficas
6 Lista de figuras
7 Anexos
7.1 ANEXO A: O Estranho Caso da Curva de Phillips
7.2 ANEXO B: O que está errado no filme “Esperando pelo Super Homem”, ponto por ponto