
Um
dos lenhosos ramos desta árvore, quase caule, é nossa célebre
literatura popular em verso, o Cordel, cujo antecessor europeu teria
aqui desembarcado a partir das primeiras caravelas lusitanas que
aportaram nosso litoral. Em terras brasileiras, ainda guardando
resquícios da cultura medieval, o Cordel se desenvolveria de forma tão
fantástica quanto muitas de suas aventuras românticas, porém, com
autenticidade tal que jamais seria sequer pendurado em cordões até que
alguns estudiosos lhe cunhassem tal denominação em substituição aos
nomes que lhe deram seus primeiros leitores: “rumance”, verso,
folheto...
Do
Nordeste ao Sudeste, das feiras à sala de aula, dos clássicos de
Leandro Gomes de Barros às pelejas virtuais dos poetas contemporâneos, o
Cordel viveu e ainda vive muitas histórias em sua épica trajetória
através dos séculos.
Eduardo Macedo
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