O Jornal Inverta nasceu em um processo histórico em que a luta
revolucionária no mundo chega ao cume de uma crise de paradigma ou
modelo revolucionário que se consolidou na União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas e inspirou os demais movimentos revolucionários
fundados no proletariado, campesinato e camadas médias e foi copiada de
forma mais ou menos caricata por outros. Com o desmoronamento da URSS e
seu Partido Comunista, combinando-se com uma grande ofensiva do capital
imperialista através das oligarquias financeiras, se levantaram, tanto
as tendências reformistas e revisionistas, quanto os esquerdistas e
anarquistas, liderados pelas camadas médias e pequena burguesia; na
verdade, velhas tendências pintadas de fresco em alternativa ao convívio
mais ou menos pacífico e subsumido à ordem legal do capital neste
período de reação e baixa revolucionária.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
O PAPEL DO JORNAL NA REVOLUÇÃO
INVERTA Nº0 |
"O Papel
do Jornal na Revolução" é um tema muito amplo e complexo.
Falar de nossa possibilidade de comunicação com as massas
operárias, com os trabalhadores, com aqueles que fazem realmente a
revolução, tornou-se o grande desafio de todo o revolucionário
nesse momento. O mundo se transformou muito, as lutas sociais, ao
longo do processo revolucionário, desde a luta histórica da classe
operária, levaram a que a burguesia aperfeiçoasse cada vez mais o
seu aparelho de dominação, seu aparelho ideológico, o seu aparelho
de controle das massas, o seu poder de comunicação. E os
revolucionários tiveram muitas dificuldades de manter, ao mesmo
tempo, um desenvolvimento capaz de responder a essa situação com
forma de organização e meio de comunicação capazes de atingir a
ampla massa. Todos sabem que uma televisão hoje atinge cerca de 70
milhões de pessoas em um segundo.
Vivemos
um momento pós-queda do campo socialista do Leste Europeu, onde há
dois pontos importantes e uma contradição. Há uma profunda
regressão do processo de evolução política da humanidade, porque
existe uma carga ideológica muito grande. Estamos sofrendo uma
grande ofensiva do imperialismo sobre os trabalhadores em todos os
aspectos sociais, na economia, na política, na ideologia, ao nível
internacional. É uma campanha orquestrada, com força o suficiente
para chegar em todos os campos. Hoje, a idéia de globalização é a
que integra os diferentes povos ao ritmo do capital, do capital
financeiro das oligarquias que comandam tudo isso.
A
humanidade passa por um momento, que nós poderíamos qualificar como
aqueles momentos que Marx cita no Manifesto do Partido Comunista,
como um aparente retrocesso à barbárie, porque o crime é
incontrolável, não só aqui, no Terceiro Mundo, mas na Europa, nos
Estados Unidos, na Alemanha, em todos os locais ditos do mundo
desenvolvido. O nível de violência e de degradação moral a que
chegou a sociedade é um estado de semi-barbárie..."
Aluísio
Beviláqua do Conselho Editorial publicada no Jornal INVERTA n°131.
Extraído da Palestra sobre o tema, realizada no dia 18 de outubro de
1997, no Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
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