Este lançamento da
Editora Inverta, nos marcos da comemoração dos 150 da publicação
de O Capital de Marx,
traz ao público os resultados de mais de 20 anos de pesquisa do
prof. dr. Aluisio Bevilaqua sobre a crise do capital. Fazendo um
balanço da literatura marxista e não marxista contemporânea sobre
o tema, além dos escritos do próprio Marx, o autor faz uma
contribuição fundamental à compreensão do mundo contemporâneo.
Sobre a Obra:
Vivemos em uma sociedade onde mais da
metade da riqueza mundial está concentrada nas mãos do
um porcento mais rico da população
mundial. A vida indigna na absoluta miséria, o desemprego e
o trabalho precário para um número
cada vez maior de pessoas contrastam com o alto desenvolvimento da
tecnologia e com a qualidade de vida luxuosa da alta burguesia. Essa
situação se evidencia e agrava ainda mais com a crise
internacional, que implicou recessão para as economias centrais e o retorno do
neoliberalismo para todo o mundo, agora de mãos dadas com o fascismo e o nazismo. Como é possível
tamanho retrocesso para a humanidade? Resultado de mais de 30 anos de
pesquisa, dos quais pelo menos 25 dedicados à temática da crise, o
mais recente trabalho do Dr. Aluisio Pampolha Bevilaqua traz aos
leitores uma contribuição única à compreensão da crise histórica
na qual submerge o sistema capitalista, assim como das medidas
exasperadas da
burguesia para se manter viva, tentando
a ferro e fogo impor a vigência de um sistema historicamente
ultrapassado. Distinta de todas as crises que a precederam, a Crise
Orgânica do Capital representa a falência de um modo de produção
cuja própria essência entrou em crise: o paradigma de valor, sobre
o qual estão assentadas todas as relações sociais que o definem e
mantêm. Prefaciado pelo consagrado economista marxista Theotonio dos
Santos, o volume de 339 páginas é o primeiro de dois em que se
subdividiu a pesquisa centrada na Teoria de Crise, fundamentalmente
em Marx e na tradição marxista; em sua importância para
compreender a singularidade da crise atual; e na relação desta com
as crises da ciência, como crise de paradigmas, e da educação,
como crise pedagógica. O Volume I percorre o extenso trabalho de
Marx para revelar a concepção de crise nele presente, acompanha os
debates do século XX sobre a mesma e dialoga com as principais
referências do marxismo contemporâneo para concluir com a
demonstração da singularidade da crise atual como Crise Orgânica
do Capital, pois “as transformações na composição técnica e
orgânica do capital (substituição do trabalho vivo pelo trabalho
morto ou objetivado) desenvolvem-se tendencialmente na lógica
negativa e destrutiva da propriedade fundamental do conceito de valor
que é o trabalho vivo”; ou seja, a substituição do homem pela
máquina inerente ao desenvolvimento do capitalismo é,
dialeticamente, o gérmem de sua destruição. Lançada nacionalmente
no Rio de Janeiro em 2017, a obra é uma coedição da Editora
Inverta e da Editora da Universidade Federal do Ceará, instituição
onde o autor obteve seu doutorado. Como parte de um esforço coletivo
junto a outros pesquisadores reunidos no Centro de Educação Popular
e Pesquisas Econômicas e Sociais (CEPPES), este trabalho é
considerado uma significativa contribuição à teoria marxista da
crise, acessível não apenas aos acadêmicos, mas aos estudiosos em
geral da temática.
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